Facilitar a vida do passageiro de ônibus cego ou com baixa visão e também do que tem dificuldade de locomoção é a grande sacada do aplicativo Busalert.
Homem segura celular com aplicativo Busalert; crédito: divulgação
A partir dele, o usuário de ônibus é informado sobre a localização, a distância e a previsão de chegada do coletivo, dados que, de resto, beneficiam qualquer pessoa. O bônus está nos avisos sonoros e na interação entre passageiros e motoristas.
Explica-se: uma pessoa com deficiência visual que precise tomar a linha Lapa, por exemplo, ao informar ao
aplicativo o nome e o número da linha desejada, irá se identificar como alguém cego ou com baixa visão. Além
de ser avisado sobre a chegada do ônibus por meio de um aviso sonoro, essa pessoa ouvirá seu nome sendo
chamado pelo motorista. Assim, tem a confirmação de que aquela é a linha correta.
No caso de um cadeirante, o motorista recebe a informação de que receberá o passageiro no ponto X. Antes de
chegar até o local, o condutor conversa com os demais usuários e consegue liberar o espaço necessário para o
passageiro.
O aplicativo é gratuito, funciona nas versões Android e Java e, o melhor, "fala" português. O ponto fraco é a abrangência: hoje está em funcionamento apenas em São Carlos (SP).
Segundo Sérgio Soares, diretor do Grupo Criar, responsável pelo produto, há negociações quanto à ampliação
do serviço para as cidades deAmericana (SP), Araras (SP), Bauru (SP), Bebedouro (SP), Campinas (SP),
Catanduva (SP), Limeira (SP), Mogi Mirim (SP), Paulínia (SP), Florianópolis (SC), Joinville (SC) e Belo
Horizonte (MG). Em Joinville, por exemplo, houve a aplicação de testes do serviço no final de maio.
Soares explica que é necessário haver parcerias com as prefeituras dos municípios. "O Busalert foi
implantado em São Carlos em parceria com a empresa concessionária do transporte coletivo da cidade, Athenas
Paulista, e com o apoio, na época [2012], da prefeitura da cidade."
"Nós nos orgulhamos de ter desenvolvido um sistema que inicialmente foi feito para as pessoas com deficiência visual e acabou se mostrando muito útil para toda a população, contribuindo para a mobilidade urbana, tema muito discutido atualmente", diz o diretor.